Dossiê: Comuna de Paris (1871)

A propósito dos 150 anos da experiência autogestionária da Comuna de Paris, o portal Crítica Desapiedada preparou um dossiê com diversos artigos, músicas, filmes, documentários, livros e palestras disponibilizados em português.

“A Comuna – exclamam – pretende abolir a propriedade, base de toda civilização! Sim, cavalheiros, a Comuna pretendia abolir essa propriedade de classe que converte o trabalho de muitos na riqueza de alguns poucos. A Comuna aspirava à expropriação dos expropriadores. Queria tornar uma realidade a conversão da propriedade individual, transformando os meios de produção – a terra e o capital, que hoje são fundamentalmente meios de escravização e de exploração do trabalho – em instrumentos do trabalho livre e associado. Porém, isso é o comunismo, o comunismo ‘impossível’! Contudo, os indivíduos da classes dominantes que são suficientemente inteligentes para dar-se conta da impossibilidade da continuidade do atual sistema – e não são poucos – ergueram-se como apóstolos enfadonhos e altissonantes da produção cooperativa. Pois bem, se a produção cooperativa tiver que ser algo mais que uma impostura e uma ilusão, terá que substituir o sistema capitalista; se as sociedades cooperativas unidas regularem a produção nacional seguindo um plano comum, tomando-a sob seu controle e pondo fim à constante anarquia e às convulsões periódicas, que são inevitáveis na produção capitalista, o que será isso senão o comunismo, o comunismo ‘possível’?”

Karl Marx, A Guerra Civil na França, 1871.


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3 Comentários

  1. Não devo criticar quem fala, quem escreve, quem mexe e remexe o assunto, mas, não posso deixar de observar que faltam os revolucionários de rua, os revolucionários de ações para tornar realidade o sonho de Marx, de Lenin e dos comunistas em geral. E esses líderes teriam que ser os teóricos de hoje (são milhares, senão milhões, que estão, constantemente, sob a luz dos holofotes, pregando e, nas outras horas, preparando a próxima pregação.
    Não é uma crítica, é uma constatação.
    E, com as facilidades tecnológicas de hoje, não existe melhor momento.
    Acho que além dessa opção, a que resta é permanecer entre cafezinhos, vinhos, aplausos, atividades culturais . . .

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