O que há por trás do “New Deal”? – Paul Mattick

Original in English: What’s Behind the “New Deal”?

[Nota do Crítica Desapiedada]: Confiram também o texto Marx & Keynes (1969), Capítulo II do livro Marx & Keynes.

Publicado em: International Council Correspondence Vol. 1, no. 3, dezembro 1934, p. 18-22.

O New Deal não é o prenúncio de uma “nova ordem social”, nem o seu apóstolo, Franklin Delano Roosevelt, autoproclamado Messias do “homem esquecido”, é o indivíduo realmente altruísta e de espírito público, como é normalmente retratado.

A eleição de Roosevelt foi arranjada, assim como todas as outras eleições anteriores, por um grupo de indivíduos cujos interesses econômicos exigiam ajuda governamental urgente.

No outono de 1932 presenciamos o colapso total da indústria estadunidense e uma maré crescente de descontentamento agrário. O ocupante da Casa Branca na época, Herbert Hoover, colocado lá pelos interesses financeiros de Morgan e Mellon, parecia totalmente alheio às dificuldades desesperadoras desses dois grupos. Era simplesmente natural que eles se esforçassem para alcançar o poder político nas próximas eleições, o que lhes permitiria aprovar legislações que os beneficiassem.

Por que Roosevelt foi selecionado para “liderar” o país para fora do caos econômico? Não foi apenas porque ele havia chamado a atenção da nação como um político “liberal” muito propagandeado, mas devido ainda mais aos seus próprios interesses econômicos serem idênticos àqueles do grupo que promovia a sua candidatura.

James Roosevelt, pai de Franklin D., antigo ex-vice-presidente da Delaware & Hudson R. R., acumulou uma fortuna tão grande na organização ferroviária, tanto no sul após a Guerra Civil quanto no leste, que foi considerado um dos cinco homens mais ricos da cidade de New York. Embora o jovem Franklin D. tivesse expressado o desejo de entrar para a Marinha, o velho Roosevelt persuadiu-o a, em vez disso, estudar Direito e, assim, preparar-se melhor para assumir a gestão das várias empresas do grupo Roosevelt. Após se formar nas faculdades de Direito de Harvard e Columbia, Roosevelt entrou no escritório de advocacia mais bem estabelecido em Direito Comercial de Nova Iorque. Enquanto trabalhava nele, dirigiu os assuntos do enorme patrimônio Astor e assim estabeleceu uma amizade muito próxima com William Vincent Astor, um dos industriais e banqueiros mais influentes do país. Como uma brincadeira, Roosevelt então entrou na política. Candidatando-se ao Senado estadual na plataforma democrática, surpreendeu a todos ao conquistar o cargo. Mal havia assumido a vaga, Roosevelt, o relativamente desconhecido, chamou a atenção nacional para si ao liderar uma oposição à nomeação proposta por Tammany Hall1Algumas informações historiográficas sobre a oposição de Roosevelt a Tammany em 1911 podem ser consultadas em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_D._Roosevelt. [Nota do Tradutor – NT], a máquina política do Partido Democrata, para senador dos Estados Unidos (naquela época, 1911, os senadores eram eleitos pela legislatura estadual). Por esse único ato, ele ganhou a reputação infundada de ter uma devoção altruísta aos interesses do povo, a qual dura até hoje. Em seguida, Roosevelt impulsionou Woodrow Wilson para a nomeação de candidato democrata à presidência em 1912, fazendo campanha para ele durante a bem sucedida disputa eleitoral. Como recompensa, Wilson nomeou-o Secretário Adjunto da Marinha. Roosevelt se manteve por sete anos nesta posição. Há vários meses, as agências de publicidade do governo federal fizeram um grande alarde devido à ordem do Departamento de Estado removendo os fuzileiros navais dos EUA que estavam estacionados na Ilha de São Domingos (Haiti). Eles discretamente se esqueceram de mencionar que foi o próprio Franklin D. Roosevelt que os enviou para lá, em 1913, em seu primeiro ato oficial como Secretário Adjunto, ostensivamente para proteger a vida de estadunidenses, mas, na verdade, para proteger os investimentos estadunidenses, incluindo, dentre outros, os interesses do grupo Astor! Durante o verão e o outono de 1915, o nosso Secretário Adjunto amante de paz começou a preparar a Marinha para uma eventual participação na Guerra Mundial, dois anos antes da nossa entrada de fato! Além disso, ele desenvolveu um dom para a oratória e começou a defender publicamente uma Marinha muito maior. Esse trabalho de missionário foi em grande parte fundamental para fazer com que o Presidente Wilson patrocinasse o maior projeto de lei de apropriação de recursos pela Marinha até aquele momento. Aprovado em 1916, ele forneceu uma dotação de 320 milhões de dólares para a expansão naval.

Depois que os Estados Unidos foram levados pela propaganda a entrar na guerra, graças aos esforços pagos dos Aliados e a ajuda prestada pelos interesses financeiros estadunidenses (J.P. Morgan & Co.) e pelos jovens jingoístas2O termo “jingoístas” significa chauvinismo extremo. [NT]do mesmo tipo que Roosevelt, nosso herói provou ser bastante hábil. Roosevelt inventou o “Conselho Macy” [Macy Board], o primeiro conselho governamental do trabalho de guerra, que coordenava os salários em todas as partes do país. Foi a partir dele que se desenvolveu o Conselho Nacional do Trabalho de Guerra [National War Labor Board]. Esse último Conselho mostrou o seu respeito pelos trabalhadores ao proibir todas as greves até o fim da guerra. Roosevelt também serviu como representante da Marinha no Conselho de Políticas do Trabalho de Guerra, encarregado de elaborar políticas trabalhistas. Na sua qualidade de perito em trabalho na Marinha, Roosevelt ajudou a “arbitrar” disputas laborais relativas aos estaleiros de construção naval. Esse trabalho o colocou em contato com vários diretores da Federação Americana do Trabalho — AFL [American Federation of Labor], que se mostraram grandes patriotas e extremamente razoáveis nas negociações.

O maior dentre esses patriotas e o mais razoável em suas reivindicações foi o vice-presidente da Associação Internacional de Maquinistas [International Association of Machinists]. Roosevelt nunca esqueceu os favores que recebeu desse diretor, e assim, quando o Civilian Conservation Corps3O CCC foi “um programa voluntário de auxílio ao trabalho do governo que funcionou de 1933 a 1942 nos Estados Unidos para desempregados, homens solteiros entre 18 e 25 anos de idade e eventualmente se expandiu para idades entre 17 e 28 anos”. Para acessar mais informações acerca do CCC, confira: https://en.wikipedia.org/wiki/Civilian_Conservation_Corps. [NT] – CCC [Corpos Civis de Conservação] foi instituído no ano passado, Robert Fechner, um autêntico patriota, foi colocado na sua direção.

Após ajudar a ganhar a guerra para “tornar o mundo seguro para a democracia”, Roosevelt voltou à vida civil, retomando a prática de advocacia. A pedido de Alfred E. Smith, ele reingressou na política, ganhando o governo de New York em 1928 e novamente em 1930. Durante este período, o governador descobriu que, para um político, possuía uma voz notável no rádio. A partir dessas humildes origens surgiu aquela grande instituição estadunidense: Conversas Íntimas ao Pé da Lareira com o Presidente (com a cortesia de ambos os sistemas de transmissão).

Sua gestão como governador, apesar de a imprensa dizer o contrário, não é benéfica para o trabalhador. A legislação para a qual Roosevelt aponta com maior orgulho como uma vantagem para os trabalhadores, a Lei de Pensão por Velhice do Estado de New York, não beneficia o trabalhador de forma alguma. Não apenas aqueles que buscam uma pensão devem ter 70 anos ou mais (certamente não traz nenhuma ajuda para a maioria dos trabalhadores que nunca chegam aos 60, quanto mais aos 70, devido às condições de trabalho modernas), mas o procedimento é tão carregado de burocracia que indivíduos realmente necessitados e sem dinheiro para a assistência jurídica dificilmente podem esperar obter os escassos benefícios.

Roosevelt não é o único membro de sua família com extensos investimentos ferroviários. Seu primo de primeiro grau pelo lado de sua mãe, Lyman Delano, é hoje Presidente do Conselho de Administração da Atlantic Coast Line R. R. Co., da Louisville & Nashville e possui investimentos em muitas outras. Outros parentes são J. J. Pelley, ex-presidente da New York, New Haven & Hartford R. R., e acionista em outras empresas; e o Sr. Curry da Union Pacific. Os três amigos mais íntimos de Roosevelt são também industriais com grandes empreendimentos ferroviários. O já mencionado Vincent Astor, além de grandes investimentos na indústria e transporte marítimo, é um dos diretores da Great Northern Ry. Co. e da Illinois Central. Wm. A. Harriman, herdeiro de um velho barão das ferrovias, é um dos diretores do Illinois Central e da Union Pacific. Wm. K. Vanderbilt é diretor da New York Central, Michigan Central e de outras ferrovias. Além desses parentes e amigos próximos, todos apoiadores da campanha presidencial de Roosevelt com contribuições financeiras substanciais, quase todos os outros magnatas das ferrovias no país também o apoiaram: Robert Goelet, Arthur C. James, Edward S. Harkness, C. S. McCain, David Bruce, Howard Bruce, Wm. T. Kemper e F. H. Rawson. O grupo ferroviário detrás de Roosevelt contava com quase todos, exceto, o que é significativo, os representantes das estradas controladas pelos investimentos financeiros de J. P. Morgan.

As ferrovias tinham, de fato, sofrido mais do que qualquer grupo capitalista durante o período da crise, e necessitavam certamente de ajuda. Em 1932, por exemplo, 150 ferrovias selecionadas mostraram um déficit de 150,634 milhões de dólares, em comparação com os ganhos de 896,807 milhões em 1929. A indústria de equipamentos ferroviários liderada por Wm. Woodin também cerrou fileiras atrás de Roosevelt.

Outra seção da indústria que se aliou a Franklin D. foi a da mineração, particularmente o grupo de metais preciosos — ouro e prata. Mais proeminentes aqui foram os investimentos de Guggenheim e Bernard M. Baruch, exercendo um monopólio virtual sobre a prata através do controle da American Smelting & Refining Co., que extrai ou refina para outros quase a metade da produção anual de prata do mundo. Junto a eles também está Wm. R. Hearst, editor de jornais, grande proprietário de uma mina de prata mexicana e acionista da Homestake Gold Mining Co. Esse grupo de empresas mineradoras, ao defender a desvalorização do ouro e maior uso da prata para fins monetários, contou com o voto dos grandes agricultores que exigiam que os preços dos produtos agrícolas fossem aumentados através da legislação monetária.

Um partido político que prometesse aumentar o poder de compra dos agricultores (que caiu em 1932 para quase metade do que era em 1929) estava destinado a ganhar o apoio dos interesses industriais que dependem dos agricultores e assim encontramos os McCormick, donos da monopolista International Harvester Co., e outros fabricantes de implementos agrários e de fertilizantes se juntando à popular trupe de Roosevelt.

Interesses industriais menores incluem os produtores de bebidas alcoólicas, que queriam a revogação da emenda da proibição, e magnatas da indústria da construção, como C.R. Crane da Crane Co., Jesse H. Jones (diretor da R.F.C.) e J.T. Jones da Jones Lumber Co., etc.

Por trás de ambos os partidos políticos havia também uma luta cruel entre duas facções para o controle do gigantesco Chase National Bank. Apoiando o republicano Hoover estavam os seus mentores de 1928, a casa de Morgan. Opondo-se a J. P. Morgan havia outro grupo de acionistas, liderados por John Rockefeller Jr., e incluindo Vincent Astor, os Vanderbilt e os Guggenheim. A luta centrou-se na política praticada por J. P. Morgan, que controlava o banco, de forçar o Chase National a se envolver em práticas fora de seu próprio campo legítimo, como emprestar dinheiro para fins especulativos, interferir no número de novas ações e emissões de obrigações e também compra e venda no mercado de ações. Rockefeller Jr. e seus aliados, a maioria industriais, desaprovaram violentamente esta política, culpando-a em grande parte pela queda da Bolsa de Valores em 1929. Eles não só queriam ganhar o controle do banco e devolvê-lo a função normal de banco comercial, fornecer fundos para a indústria e outros negócios para atender as despesas correntes com segurança, mas também queriam controlar o governo federal para promulgar legislação federal contra a política de Morgan, que havia se tornado generalizada sob a influência e exemplo do Chase National. A Lehman Bros. (entre os quais está o Governador de NY, H. H. Lehman), segunda maior empresa de banqueiros de investimento do país, e outras casas de investimento, como a Halsey Stuart, apoiaram esta tentativa de legislação contra seus concorrentes.

Assim que tomou posse como presidente, Roosevelt começou a se lembrar dos “homens esquecidos”. Os primeiros da lista, claro, foram os Rockefeller. Assim, em 15 de março de 1933, J. P. Morgan foi convocado pela Investigação Bancária do Senado. Suas revelações e as de Albert H. Wiggin, o presidente nominal do Chase National nomeado por Morgan, foram tão prejudiciais que Wiggin foi forçado a demitir-se e os Rockefeller ganharam a vantagem no número de votos, permitindo-lhes eleger seu próprio indicado, Winthrop W. Aldrich, para a Presidência do Conselho de Administração do Chase National Bank. Quando Aldrich apareceu perante a Investigação Bancária, ele anunciou que a Chase National iria se divorciar da Chase Securities Corp. Ele defendeu uma separação completa entre o banco de investimentos e o de depósitos comerciais. Esta sugestão foi incorporada na Glass-Steagall Banking Act4A lei Glass-Steagall tinha como objetivo “limitar os títulos emitidos por bancos comerciais, bem como as atividades e afiliações de bancos comerciais e financeiras. A lei também instituiu a Federal Deposit Insurance Corporation, uma agência garantidora de depósitos”. Confira mais informações em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Glass%E2%80%93Steagall. [NT] de 16 de junho de 1933, ordenando que todos os bancos comerciais fossem separados de suas atividades de Valores Mobiliários dentro de doze meses. Foram igualmente impostas restrições aos empréstimos para fins especulativos.

A desvalorização do Dólar lastreado em ouro, seguida mais tarde pela nacionalização da prata, enriqueceu imediatamente os produtores de ouro e prata. Esta política monetária mais a redução das culturas, tal como praticada pela Agricultural Adjustment Administration – AAA5Por meio da AAA, “o governo dos Estados Unidos procurou reduzir o excedente agrícola, liberando empréstimos para os proprietários que colaborassem nesse sentido”. Cf.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultural_Adjustment_Administration. [NT] [Administração de Ajuste Agrícola], aumentou em certa medida os preços agrícolas. O governo federal, no entanto, ignorou o fato óbvio de que os preços mais elevados dos alimentos aumentam o custo de vida do trabalhador, o que se opõe diretamente aos interesses dos industriais, que desejam baixos custos de produção.

A National Recovery Administration – NRA6A NRA permitiu “que as indústrias criassem códigos de competição justos, os quais eram planejados para reduzir a competição predatória e para ajudar os trabalhadores, estabelecendo uma renda mínima e um máximo de horas de trabalho semanais”. Cf. https://pt.wikipedia.org/wiki/National_Recovery_Administration. [NT] [Administração da Recuperação Nacional], cuja primeira forma foi sugerida por Bernard M. Baruch como o resultado de sua experiência durante a guerra como Presidente do Conselho de Indústrias de Guerra, foi administrado por Hugh Johnson (um ex-colaborador e discípulo de Baruch) de modo a permitir que a tendência natural para o monopólio inerente ao capitalismo se desenvolvesse sem restrições. A regulamentação foi projetada pelos maiores industriais de cada setor e, naturalmente, foi pensada considerando seus próprios interesses. Salários e jornadas mínimos serviram para eliminar os pequenos concorrentes que só conseguiam permanecer na competição pagando salários inacreditavelmente baixos e obrigando os trabalhadores a fazerem longas jornadas. A restrição governamental, portanto, ajudou a liquidar esses peixes pequenos e promoveu o monopólio. Dado que as restrições antitruste foram postas de lado durante a existência da N R A, é evidente que tudo isso continuará.

No esforço para ajudar aqueles outros “homens esquecidos”, as ferrovias e interesses associados (incluindo ele próprio), que eram a espinha dorsal de seu apoio político, o presidente foi forçado a adotar uma política lenta e cautelosa. Como estão sujeitas a regulamentação federal, as ferrovias representam um problema delicado. As taxas não podem ser aumentadas arbitrariamente sem o consentimento da Comissão de Comércio Interestadual. A concorrência feita por ônibus, hidrovias e aviões causou uma grande queda no tráfego ferroviário. Por exemplo: o volume de tráfego de mercadorias atualmente é apenas 60% do de 1929; o tráfego de passageiros atualmente é apenas 50% do de 1929 e 33% do de 1920. Um coordenador de ferrovias foi estabelecido após Roosevelt assumir a presidência. Seu trabalho era desenvolver um plano para restabelecer o transporte ferroviário. Seus planos exigem uma maior consolidação entre as várias ferrovias concorrentes, o que eliminaria a competição entre elas — uma das exigências da CCI. Além disso, tem sido sugerido que essa comissão seja reorganizada com divisões separadas para ferrovias, rodovias, linhas aéreas e outras transportadoras em um sistema coordenado de regulação governamental. Se esses planos forem realizados, e eles devem ser, levando em conta o controle de Roosevelt sobre o Congresso hoje, então as ferrovias tornar-se-ão mais monopolistas do que nunca e formas rivais de transporte irão sofrer. O governo também será forçado a subsidiar as ferrovias, de modo a modernizá-las. O capital privado dificilmente poderia financiar os custos necessários.

Tendo assegurado a maioria de seus objetivos reais, ou estando prestes a assegurá-los, o “New Deal” pode agora dar-se ao luxo de deixar cair sua máscara de “radicalismo”. Foram feitas concessões ao grande capital, garantindo-lhe que o governo federal está inerentemente devotado à preservação do sistema de lucro. Devido à crescente militância dos trabalhadores e sua recusa em obedecer e aceitar docilmente a tradicional liderança sindical da AFL em face da miséria sempre crescente, uma mudança na política trabalhista governamental pode ser esperada em breve. Em troca de algumas sobras, como algum tipo de seguro-desemprego, os trabalhadores serão forçados a desistir de seu direito de greve. Assim que a greve for banida e tornada ilegal, os cortes salariais se tornarão a regra. É claro que se pedirá que aos trabalhadores que aceitem esses cortes “temporariamente até os negócios se recuperarem!”

Nossa única conclusão é que só mudando completamente o sistema social e econômico os trabalhadores podem se dar real e verdadeiramente um “New Deal” para sempre.

Otto Griebel: „Der Arbeitslose“ 1921 [“Os Desempregados”, 1921]

[1] Algumas informações historiográficas sobre a oposição de Roosevelt a Tammany em 1911 podem ser consultadas em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Franklin_D._Roosevelt. [Nota do Tradutor – NT]

[2] O termo “jingoístas” significa chauvinismo extremo. [NT]

[3] O CCC foi “um programa voluntário de auxílio ao trabalho do governo que funcionou de 1933 a 1942 nos Estados Unidos para desempregados, homens solteiros entre 18 e 25 anos de idade e eventualmente se expandiu para idades entre 17 e 28 anos”. Para acessar mais informações acerca do CCC, confira: https://en.wikipedia.org/wiki/Civilian_Conservation_Corps. [NT]

[4] A lei Glass-Steagall tinha como objetivo “limitar os títulos emitidos por bancos comerciais, bem como as atividades e afiliações de bancos comerciais e financeiras. A lei também instituiu a Federal Deposit Insurance Corporation, uma agência garantidora de depósitos”. Confira mais informações em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Glass%E2%80%93Steagall. [NT]

[5] Por meio da AAA, “o governo dos Estados Unidos procurou reduzir o excedente agrícola, liberando empréstimos para os proprietários que colaborassem nesse sentido”. Cf.: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultural_Adjustment_Administration. [NT]

[6] A NRA permitiu “que as indústrias criassem códigos de competição justos, os quais eram planejados para reduzir a competição predatória e para ajudar os trabalhadores, estabelecendo uma renda mínima e um máximo de horas de trabalho semanais”. Cf. https://pt.wikipedia.org/wiki/National_Recovery_Administration. [NT]

Traduzido por Marco Túlio Vieira, a partir da versão disponível em: https://www.marxists.org/subject/left-wing/icc/1934/12/new-deal.htm. Revisado por Thiago Papageorgiou.

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