Sindicalismo Revolucionário

“O sindicalismo revolucionário emergiu nos primeiros anos do século 19 e se consolidou em 1906 na França e em 1907 na Itália, ano do seu auge e da publicação da primeira edição do livro de Sorel (republicação de artigos em forma de livro) e se manteve vivo durante alguns anos, se enfraquecendo drasticamente a partir de 1914, com a cisão na social-democracia que faz emergir o chamado “socialismo radical” (conjunto de tendências, organizações e ideias dissidentes dos partidos social-democratas que formam novos partidos ou organizações), apoio à guerra (o que inclusive será feito por Arturo Labriola, tal como diversos partidos social-democratas), e a própria Primeira Guerra Mundial, que gera além de novas divisões políticas, enfraquecimento relativo do movimento operário, que só vai se reerguer com o final da guerra, com as tentativas de revoluções proletárias, que marcam o ressurgimento dos conselhos operários (os sovietes) e mostram o caráter ultrapassado dos sindicatos, que assumem posições conservadoras e geralmente contra os conselhos e a revolução proletária. Os resquícios do sindicalismo revolucionário, pelo menos no caso francês e italiano, dois países envolvidos diretamente na guerra, são demasiadamente débeis e logo desaparecem nesses países.”
Nildo Viana, Origem e Significado do Sindicalismo Revolucionário

Autores & Obras

Émile Pouget

Hubert Lagardelle

Georges Sorel

Documentos Históricos & Organizações

IWW (Industrial Workers of the World)

Historiografia

Sobre o Sindicalismo Revolucionário

“Em muitos aspectos o sindicalismo revolucionário francês e as tendências a que deu origem, o socialismo de guilda em Inglaterra e os Industrial Workers of the World nos Estados Unidos, constituíram reações à burocratização cada vez maior do movimento socialista assim como à sua política de colaboração de classes.” Paul Mattick, A Gestão Operária (1969)